Fonte:
http://ecofotos.com.br/o-povo-masai/
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Eles não gostam que estrangeiros viajem pelos seus domínios. Isto salvou a vida de muitas tribos nativas ao redor do Lago Victoria, pois os mercadores de escravos Arabes não cruzaram o território Masai. Desta forma, as caravanas de escravos vindas da costa em direção ao Lago Tanganyika, ficaram confinadas ao sul das terras Masai.
Os primeiros europeus a ter contato e falar com o Masai foram os missionários Krapt e Rebmann. O Masai acredita que os Montes Kilimanjaro e Meru, bem como as grandes terras de Ngorongoro adjacências da planície do Serengeti pertencem à eles. Tradicionalmente, eles levam uma vida pastoril.
Boma: A Boma é uma aldeia circular rodeada por uma cerca alta feita com galhos de árvores. Vistas do ar, as cabanas lembram um queijo, e na realidade elas têm um aroma similar. As mulheres as constróem forçando galhos no solo e depois curvando-os para dentro. Formando uma estrutura entrelaçada de galhos que é rejuntada com esterco de gado, seguido de pele de gado para torná-la impermeável. A cabana é muito baixa, não permitindo que se fique em pé em seu interior.
Elas são construídas em círculo e durante a noite o gado é recolhido em seu interior. O esterco gradualmente eleva o nível do seu interior e quando se torna muito alto ou alguém morre dentro da boma, toda a família é forçada a mudar para um novo local. Quando um novo local é estabelecido muitas árvores são cortadas para prover galhos para a nova cerca. Sobrevoando a região é possível ver rastros de velhas bomas.
Lanças: Os “ferreiros” que fazem suas belas espadas e lanças são considerados “sujos”. Eles são Masai também , mas se você dá-lhes um aperto de mãos, você tem que lavar as mão em óleo. Os guerreiros não são encorajados a casarem-se com filhas de “ferreiros” e se fizerem sexo com uma delas estão certos de serem amaldiçoados, adoecerem ou até mesmo morrerem.
Cumprimentos: Cuspir na palma da mão antes de dar as mão é sinal de amizade especial.
Alimentação: Seu alimento comum é leite e carne. O leite é usualmente armazenado em cuias que são lavadas normalmente com urina do gado. O leite sempre tem o paladar de fumaça da árvore Olea Africana. O Masai acredita que se alguém bebe leite e come carne no mesmo dia, a rês que deu o leite poderá adoecer ou até morrer. Desta forma, eles não misturam leite com carne, mas eles podem misturá-lo somente com sangue. Eles bebem sangue somente de seu próprio gado.
Caça: O Masai caça apenas antílopes gigantes e búfalos como eles os consideram ser quase como o gado. Isto explica porque outros animais de portes médio, como zebra, gnus, gazelas, etc. pastam pacificamente lado a lado com o gado doméstico. Leões são também caçados como sinal particular de bravura por jovens guerreiros que desejam casar-se. A caça é feita utilizando lanças para impressionar suas namoradas.
Outros fatos: Um touro deve fornecer em torno de um galão de sangue por mês e uma vaca 1/2 litro no mesmo período. O processo de obtenção do sangue começa quando uma fina corda é colocada ao redor do pescoço do touro e com o auxílio de um torniquete é torcida até que a veia jugular torne-se proeminente. Um velho Masai irá atirar uma flecha com uma ponta pequena para perfurar a veia. O jato de sangue é então coletado em recipiente de madeira. A ferida é então tratada colocando-se esterco com os dedos. Uma vez feito isto, o sangue é estancado. O sangue já coletado é mexido com um pequeno graveto e então levado por um dos garotos.
Os garotos recebem nova graduação a cada 10 anos. Se um pai dúvida se um bebê é seu ou não, o bebê é colocado no centro do portão por onde o gado é recolhido durante a noite. Se ele for pisoteado até a morte, então será considerado um filho bastardo.
No lado direito do portão de entrada fica a cabana da primeira ou da mais respeitada esposa. A segunda esposa constrói a sua a esquerda, enquanto a terceira na direita novamente.
Durante a cerimônia de circuncisão o pai e filho trocam nomes. Se o pai chama-se Senda e o filho Nana, o pai irá chamar-se Menye Nana (pai de Nana) e o filho Ole Senda (filho de Senda). Esta cerimônia de circuncisão acontece a cada 3 anos, abrangendo todo o povo Masai e todos os garotos envolvidos celebram juntos. Esses jovens guerreiros agora utilizarão colares coloridos, sinos nas pernas, tranças nos cabelos e carregarão escudos preto e vermelho. Deixarão a casa dos pais e construirão as suas, mas sem as cercas. Seus pais ocasionalmente lhes darão, de presente, gado para o abate.
Os jovens guerreiros compartilharão tudo como irmãos, e todos que foram circuncidados no mesmo ano permanecerão em um mesmo grupo para o resto de suas vidas. Eles se ajudarão mutuamente e colocarão suas esposas a disposição uns dos outros. Um companheiro pode entrar na boma de outro colocando sua lança em frente a sua cabana e tudo que houver dentro, incluindo a esposa será propriedade dele durante sua estadia.
Tradução própria do material da Trans-Kibo
Fonte:
http://ecofotos.com.br/o-povo-masai/
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