quinta-feira, 13 de outubro de 2011

As boas notícias sobre África são ruins para os negócios


Fonte e texto completo em espanhol em: http://www.casadasafricas.org.br/noticias/01/1138

Blog da autora original do texto: http://www.fionaleonard.net/

05.08.2011    Africa Fundacion

As boas notícias sobre África são ruins para os negócios
Fiona Leonard

http://www.rebelion.org/noticia.php?id=133516

Resumo em português:

Escrever uma história positiva sobre a África seria ruim para as estatísticas de leitores de um jornal, disse um colunista do The New York Times.
''Já é muito difícil ter leitores interessados na África (cada vez que escrevo sobre África minha coluna desaba), e uma coluna com boas notícias, não ligada a uma crise (Benin prospera!), francamente terá zero leitores.'' (N. Kristof, NYT, 1/7/11)
Os comentários de Kristof apareceram há poucos dias, juntamente com um artigo que ele escreveu: ''Uma aventura africana e uma revelação''. O artigo descreve uma viagem recente a ''cinco países particularmente malditos''. A única luz positiva era a tecnologia - energia solar e celulares. No fim, repete um clichê de nativos selvagens/felizes: ''as girafas e os locais são incrivelmente acolhedores e o progresso no momento é efervescente''.
Muitas ONGs sofreriam realmente se os jornalistas começassem a escrever boas notícias. Quando CARE International levou um escritor a um país africano, não mostraram-lhe lugares ricos, essa não era a história que pretendiam que fosse contada. O orçamento da ajuda está encolhendo e os governos estão sendo pressionados a gastar no país e não no exterior.
A resposta para ''como cobrir a África'' está em complicar mais do que em simplificar a história. Explicar as complexidades da questão. África é um continente não um país.
Em vez de ''doar dinheiro'' à África por razões humanitárias, chamemos as coisas pelo seu nome e admitamos que os governos estrangeiros estão investindo. Sejamos honestos e reconheçamos que a ajuda está relacionada ao comércio e a imperativos econômicos a longo prazo. Alguns deles são embaraçosamente comerciais, como querer o acesso das companhias mineradoras.
É hora de começar a contar uma história diferente.

Fonte e texto completo em espanhol em: http://www.casadasafricas.org.br/noticias/01/1138

Vietnã, uma história de Davi contra Golias

Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/vietna2.htm#inicio


Em maio de 1997, o presidente americano Bill Clinton envia o primeiro embaixador ao Vietnã em mais de 20 anos - (foto:Reuters)


Vietnã, um país massacrado

Durante os primeiros 6 anos da 2ª Guerra da Indochina, o povo vietnamita foi submetido a um dos mais cruéis e impiedosos bombardeiros aéreos da história do século XX. Como os estrategistas do Pentágono haviam determinado, o Vietnã deveria recuar para a era neolítica. Foram lançadas bombas de alta capacitação destrutiva nas cidades do Vietnã do Norte, especialmente sobre Hanói, pulverizando suas poucas industrias, conjugados à derrama de agentes químicos sobre as florestas do Vietnã do Sul, a fim de desfolhá-las, retirando o abrigo natural dos guerrilheiros vietcongs. Disso resultou deixar o Vietnã de hoje com boa parte dos seus rios contaminados pelo agente laranja e suas terras de arroz envenenadas pela guerra química (efeito que alguns técnicos prevêem durar por mais 50 anos).

Estagnação econômica


A econômia vietnamita começa a dar os primeiros sinais de recuperação depois de uam estagnação de 20 anos - Foto: Reuters
O total de vítimas da Guerra do Vietnã é impreciso, oscilando entre 1 milhão e meio a dois milhões de vietnamitas mortos (900 mil soldados e 1 milhão de civis). Os mutilados graves chegaram a mais de 500 mil, fazendo com a nação perdesse parte considerável da sua juventude. Essa situação fez com que o Vietnã estagnasse economicamente após o término do longo conflito. Além disso, outros fatores prejudicaram a sua recuperação material: 1) os EUA, que haviam se comprometido pelos Tratados de Paris, em fornecer recursos financeiros para auxiliar a reconstrução do Vietnã, suspenderam a ajuda na época do Governo de Ronald Reagan (1980-88); 2) A mudança da orientação na política econômica do PC chinês na época de Deng Tsiao Ping, abrindo-se para os investimentos capitalistas externos, e a adoção da glasnost que pôs fim à existência da URSS, fez com que o apoio externo do bloco comunista diminuísse ou desaparecesse. Desamparado de ambos os lados, o Vietnã, que ainda foi atacado pela China comunista numa curta guerra de fronteira em 1979 (devido ao envolvimento do Governo de Hanói na deposição do governo homicida de Pol Pot, o líder do Khmer Vermelho do Camboja, protegido dos chineses). Só mais recentemente, graças a aproximação comercial e econômica cada vez mais intensa dos EUA com a China comunista, o Vietnã passou a receber alguns investimentos significativos, sem bem que ainda bem longe das suas precisões.

A desgraça social

Além de haver uma massa considerável de desqualificados sociais (prostitutas, marginais, ex-traficantes. etc.), subproduto das tropas de ocupação, vivendo nos grandes centros urbanos, o Vietnã ainda conheceu o drama do boat people, quando milhares de refugiados, provavelmente temerosos das represálias do governo comunista (que alias, ao contrário dos comunistas cambojanos, foi benigno no trato com os colaboracionistas e opositores) arriscaram-se em todos os tipos de barcos, navegando ao deus-dará pelo Mar da China, numa desesperada busca de abrigo, sendo desprezados ou repelidos quando tentavam desembarcar nos países vizinhos.

Compensações vietnamitas

Por outro lado, as terríveis chagas materiais e sociais deixadas pelas Guerras da Indochina, não impediram o afloramento do orgulho nacional vietnamita em ter enfrentado e sobrevivido a três poderosas potências militares (a França entre 1945-54, os EUA entre 1964-75 e a China comunista em 1979), as maiores do mundo. O país finalmente voltou a reunificar-se sob um regime só, atingindo o objetivo do líder Ho Chi Minh e daqueles que se envolveram nas lutas pela libertação nacional daquela época. Os vietnamitas têm plena consciência dos seus méritos, e do que representaram para os povos do Terceiro Mundo que empenhavam-se em favor da sua autonomia política. Além disso, o Vietnã hoje exerce uma liderança natural sobre seus vinhos da antiga Indochina, não sendo difícil estimar para o futuro, superadas as amarguras materiais do presente, a formação de uma Confederação Indochinesa liderada por eles.

Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/vietna2.htm#inicio

A Muralha da China

Muralha da China

Símbolo do espírito nacional da China, a Grande Muralha é o cristal de inteligência e de saber do povo da China antiga. Esta muralha constituiu um sistema completo de defesa militar durante a época das armas frias. Nos tempos modernos se apresenta como um espaço remarcado de aventuras transformando-se desta forma em importante atração turística, tanto para chineses como para turistas estrangeiros.
Muralha da China
Muralha da China
A Grande Muralha extende-se por cinco mil kilômetros de leste a oeste no norte da China como um imenso dragão percorrendo seu caminho pelos desertos e montanhas. Considerada uma das sete maravilhas do mundo, despertou a curiosidade, o interesse e a admiração de todo o planeta. A Grande Muralha figura no catálogo de relíquias culturais e foi incluída em 1987 no Patrimônio Cultural Mundial da Unesco.
Sua construção se iniciou no período de primavera e outono (770-475 a. C) se prosseguiu no período dos Reinos Combatentes. Durante esta prolongada época, teve na China sete reinos independentes: Chu, Qi, Wei, Han, Yan, Qin e Zhao que para se defenderem das incursões vizinhas cada um destes reinos construiu suas próprias muralhas em terrenos de difícil acesso. No ano de 221 a.C, o reino de Qin conquistou os outros seis estados e resolveu portanto unificar toda China, ordenando a união das muralhas levantadas por cada reino e construir novas tramas.
Muralha da China
Muralha da China
Desde então, a Grande Muralha passou a fazer parte da história da China com o nome de “Muralha do Dez Mil Li” (dois Li equivalem a um kilômetro), nome que foi conservado até os dias de hoje e vem sendo usado pelos chineses. A fim de protegerem-se contra as invasões dos hunos, as dinastias seguintes deram continuidade aos trabalhos de manutenção e reparação da muralha. As reparações de maior envergadura se realizaram durante as dinastias Qin, Han e Ming.
Muralha da China
Muralha da China
A muralha existente foi reconstruída sobre a base original nos tempos da dinastia Ming até alcançar uma largura de 5.660 Km, começando por Shanghai a leste para Jiayu a oeste, atravessando também quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu), duas regiões autônomas (mongólia e Ningxia) e Beijing.
O desenho e a construção da Grande Muralha são um reflexo fiel da sabedoria dos estrategistas e construtores daqueles tempos.
Os muros, corpo principal da obra, se construíram aproveitando os contornos das montanhas e dos vales.
Além dos muros, ao longo da muralha levantaram-se torres, passos estratégicos e atalayas que tinham por função servir como um alarme a possíveis ataques.
Ainda que a Grande Muralha tenha cumprido sua missão por muito tempo, sua permanência para a humanidade constitui em um valiosíssimo legado cultural, histórico, artístico, arquitetônico e turístico.

Fonte: www.ccibc.com.br

Adultos de São Tomé, na África, aprendem a ler e escrever

http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/video/1249/

A violência sexual na República Democrática do Congo

Reportagem da TV Brasil sobre a violência sexual na República Democrática do Congo.

Genocídio em Ruanda

Reportagem exibida pela TV Brasil em dezembro de 2008, 14 anos depois do genocídio que deixou mais de 1 milhão de mortos.

Conflitos na África estão gerando deslocamentos massivos, adverte ACNUR

Fonte: http://www.acnur.org/t3/portugues/noticias/noticia/conflitos-na-africa-estao-gerando-deslocamentos-massivos-adverte-acnur/



Sexta Feira 25. Março 2011 10:00 Tempo: 202 days
© ACNUR/ G.Gordon
 
Refugiados da Costa do Marfim esperam ser registrados pelo ACNUR em um campo no leste da Libéria.
GENEBRA, 25 de março (ACNUR) – A continuidade e a evolução dos conflitos na Líbia e na Costa do Marfim estão provocando o deslocamento massivo de milhões de pessoas, advertiu hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
Na Costa do Marfim, o ACNUR estima entre 700 mil e um milhão de pessoas já se deslocaram dentro do país – além dos mais de 100 mil marfinenses já registrados pela agência na vizinha Libéria – por causa da violência pós-eleitoral iniciada no ano passado.
Na Líbia, as primeiras estimativas de deslocamentos internos totalizam mais de 25 mil pessoas, sendo que outras 351 mil já deixaram o país desde o início dos conflitos entre forças leais e de oposição ao governo.
Segundo a porta-voz do ACNUR em Genebra, Melissa Fleming, os deslocamentos forçados na Costa do Marfim ocorrem principalmente em Abidjan, capital do país. Já na Líbia, o problema tem sido verificado principalmente nas cidades de Al Butwen e Derna.
Os conflitos nestes dois países geraram crises humanitárias que estão sendo respondidas pelo ACNUR e por outras agências, com o apoio da comunidade internacional. A agência está presente tanto no norte como no oeste da África, prestando assistência aos deslocados internos, refugiados e outros grupos vulneráveis que fogem dos conflitos.
Na Costa do Marfim, as famílias que fogem por temerem uma impossibilidade futura de fuga devido ao conflito, como também por medo de serem mortas por balas perdidas. Muitas pessoas alegam também que não possuem mais recursos financeiros para lidar com a situação, devido ao fechamento de bancos e negócios – o que também contribui para o aumento do desemprego. Na fronteira com a Libéria, o ACNUR estabeleceu campos de refugiados e continua registrando novas chegadas de marfinenses.
No Egito e na Tunísia, o ACNUR administra campos de trânsito para os estrangeiros que esperam ser repatriados para seus países de origem. Mais de 60 mil pessoas já foram retiradas das fronteiras destes dois países por meio de voos fretados, numa operação coordenada com a Organização Internacional de Migrações (OIM). Cerca de duas mil pessoas chegam à fronteira da Tunísia diariamente, enquanto que entre 1.500 e duas mil pessoas – líbios e egípcios, em sua maioria – cruzam a fronteira do Egito diariamente.
Segundo Melissa Fleming, as condições de segurança na Líbia e na Costa do Marfim tem sido um impedimento para o trabalho humanitário. Em na cidade marfinense de Guiglo, o escritório do ACNUR foi saqueado na quarta-feira passada por homens armados sem identificação. Eles levaram três veículos, duas motocicletas, todos os móveis e equipamentos do escritório. Outros veículos também foram roubados de várias outras agências humanitárias na região.
“Por sorte, ninguém ficou ferido. O ACNUR condena a pilhagem das dependências da agência e reitera seu pedido de que todas as partes protejam os civis e deixem de agredir deliberadamente as organizações humanitárias”, afirmou Fleming.
Já na Líbia, as ações humanitárias estão concentradas em áreas controladas pelos opositores do regime, como a cidade de Benghazi, ao oeste do país. Por meio da organização Crescente Vermelho, o ACNUR enviou para a cidade dois comboios com suprimentos médicos, cobertores, colchonetes e outros itens. “Temos um estoque no Egito suficiente para atender até 50 mil pessoas, mas não temos, neste momento, acesso para prestar ajuda humanitária em outras partes da Líbia”, ressaltou a porta-voz do ACNUR.
Por: ACNUR

Fonte: http://www.diariodaafrica.com/2011/03/deslocamentos-massivos-na-africa.html